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quarta-feira, 30 de setembro de 2015
terça-feira, 29 de setembro de 2015
Eleição presidencial nos Estados Unidos em 2016
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Resultado da eleição presidencial por estado. Em azul são estados/distritos vencidos por Clinton, e vermelho são os estado onde Carson venceu. Os números indicam os votos eleitorais dados aos vencedores de cada estado.
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segunda-feira, 1 de julho de 2013
Nazismo: Extrema-Esquerda?
Não é muito recente a ideia de se classificar movimentos como o NSDAP (do alemão Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães) e o Fascismo, como movimentos de Extrema-Esquerda.
Um dos principais defensores dessa causa, fora Ludwig Von Mises, cujos ideais hoje são defendidos e representados por diversos movimentos libertários ao redor do mundo, dos quais os princípios ideológicos são baseados nos ensinamentos da escola econômica conhecida como Escola Austríaca de Economia ou simplesmente Escola Austríaca.
A ideia, hoje realçada pelo Instituto Ludwig Von Mises, se baseia no que muitos libertários tem hoje em pauta: a intervenção do Estado na economia. Ao ascender ao poder em 1933, Hitler se via na liderança de um país cuja derrota na Primeira Guerra Mundial somada à Grande Depressão de 1929 lhe resultara em enorme taxa de desemprego, hiperinflação e por vezes dependente de empréstimos concedidos pelos Estados Unidos.
O programa Nazista, além de colocar necessário a eliminação de tais fatores, não tardou a se preocupar com a expansão da produção de bens de consumo para melhorar o nível de vida das classes média e baixa, e com essa finalidade, passou a exercer um forte controle na economia alemã.
O site do Instituto Ludwig Von Mises, classifica o Nazismo através de uma análise de sua intervenção na economia e comparando-o ao socialismo. De facto, a propriedade na Alemanha Hitleriana (ou Hitlerista) era mera formalidade, mera nominalidade. Em fato, o Estado Alemão era quem ditava preços, salários, o que deveria ser fabricado ou não e a sua quantidade, e até mesmo a renda a qual o proprietário da empresa receberia.
As práticas de controle econômica praticadas pelos nazistas variam desde o controle de preços até a distorção de índices de desemprego retirando do censo Judeus, Mulheres e indivíduos dos vários grupos aos quais eram vistos como "indesejáveis" dando um falso caráter de milagre econômico. Mises e IMB ressaltam a similaridade do regime nazista com base no controle de preços iniciado pelo mesmo em 1936.
O site afirma que o marco do "Socialismo de fato" na Alemanha Nazista foi justamente o controle de preços que começou em 1936, que passou a ser a base dos argumentos que comparavam a intervenção do Estado alemão na economia ao Socialismo.
É preciso ressaltar que controle de preços, independente de como seja instituído, não é por si só uma prática Socialista Esquerdista, sendo derivado do Estatismo e utilizado por diversos regimes das mais variadas ideologias, em épocas de instabilidade econômica, como meio de contenção de aumentos de preços resultantes de inflações.
O que muitos libertários hoje ignoram é que o Estatismo é uma prática que pode ser desencadeada tanto em regimes de cunho direitista, como em regimes de cunho esquerdista.
O pensamento libertário de hoje ignora o caráter ideológico dos movimentos, classificando-os pelo grau de intervencionismo da economia e do "tamanho do Estado."
Se ignorar os conceitos ideológicos e finalidades, tornaria dispensável a ideia de "Esquerda e Direita". O termo surgiu na Revolução Francesa, onde aqueles que se sentavam à Direita do Rei, eram os conservadores (girondinos) e aqueles que se sentavam na esquerda, aqueles que poderiam ser considerados os "pioneiros" de uma experiência socialista que mais tarde seria posta à prova durante o regime da Comuna de Paris (Guerra Franco-Prussiana), os Jacobinos.
O conceito de Esquerda e Direita à época era usado apenas para distinguir entre aqueles que se consideravam pró-governo (direita) e aqueles que eram da oposição (esquerda). Porém, este conceito passou, com o passar dos anos, a ser visto de uma forma distorcida, e com o tempo, já na segunda fase da revolução industrial, "direita e esquerda" foram sendo marcadas por duas ideologias da época: Capitalismo e Socialismo.
A ascensão do capitalismo marca o fim do feudalismo que viera desde os tempos medievais. A ideia do empreendedorismo capitalista fora mantida por diversas nações até o Sec.XIX, de onde surgiu o Socialismo Utópico, e posteriormente o Socialismo Científico ou chamado de Socialismo Marxista.
A direita então passou a ser marcada por aqueles que preferiam manter o Status Quo (O Capitalismo) e aqueles que buscavam a passagem para o Socialismo e que muitas vezes eram a base da oposição de diversos governos, marcando assim o cunho ideológico esquerdista que é considerado hoje.
Von Mises e IMB estão certos em alegar que o regime Nazista passou longe do Capitalismo. Porém, classificar o Nazismo como sendo próximo ao socialismo, vendo somente pelo lado da intervenção econômica estatal, seria o mesmo que alegar que o Estatismo é necessariamente de Esquerda.
Apesar de ser marcada pela ideologia capitalista, a direita não necessariamente à representa. Se fizermos uma "dissecação" da Direita Política, veremos que ela se encontra dividida: A defesa da liberdade econômica em detrimento das liberdades civis.
Respectivamente, reconhecemos o Liberalismo Econômico, e ao mesmo tempo a defesa dos valores tradicionais e dos "bons costumes" que assim como o capitalismo (e em sua mesma época) marcaram a direita.
Vamos lembrar que quem defendia a direita e o capitalismo era a chamada "burguesia" (e vale lembrar que esse termo não veio de Marx. "Burguês" era o nome dado aos comerciantes, médicos, advogados, e demais pessoas residentes nos chamados "Burgos" (cidades medievais) e que estavam livres da servidão aos senhores feudais, e livres para o estabelecimento de seu próprio negócio - essa é a origem do capitalismo e a prova de sua legitimidade e naturalidade.
O que se ponde entender como "Valores Tradicionais" eram justamente os costumes e valores da família burguesa, os chamados "bons costumes", e que os membros da direita, apesar de defenderem a liberdade econômica pelo capitalismo, insistiam na defesa de tais valores.
A radicalização da defesa do tradicionalismo, leva à praticas como o Racismo, a Xenofobia, a Homofobia, entre outros... Devemos considerar o receio ao comunismo algo já enraizado no pensamento da direita moderada ("onde há uma estrela vermelha e um Ipod, encontra-se tamanha hipocrisia") e o Anti-Comunismo como uma forma de intolerância gerada por tal radicalização .
Ideologias como o Nazismo e o Fascismo, pertencem ao ramo radical da ideologia direitista, pois diferente do ramo da direita liberal que considerava a liberdade econômica, a Extrema-Direita (como passou a ser chamada) está agora próxima do Estatismo pois precisará do mesmo para impor seus valores, e consequentemente isso a levará à exercer o controle da economia.
Definição da Extrema-Direita:
"apoio de uma forte ou completa hierarquização social da sociedade, e apoia a supremacia de certos indivíduos ou grupos considerados naturalmente superiores que seriam mais valorizados do que aqueles considerados inatamente inferiores."
Wikipedia sobre a Extrema-Direita
Heinrich August Winkler, da Universidade Humboldt de Berlim, disse que os nazistas eram contra tudo o que fosse de esquerda e que era impossível ser tão de direita quanto eles, ao promoverem “uma negação radical do Iluminismo”. Michael Kohlstruck, do Centro de Pesquisa sobre Antissemitismo da Universidade Técnica de Berlim, disse que “o Partido Nazista tinha ‘socialismo alemão’ no programa, claro, mas não era internacionalista, e sim baseado na perseguição, na exclusão e no extermínio”. Para ele, considerar o “socialismo” contido no nome do Partido Nazista como semelhante ao dos movimentos de esquerda é um “truque historiográfico”. “Dizer que o Partido Nazista era de esquerda é um disparate.”
Fonte: http://blogs.estadao.com.br/marcos-guterman/%E2%80%9Co-partido-nazista-era-de-esquerda%E2%80%9D/
Seguindo apenas pela questão da nomenclatura, poderíamos então alegar que a República Democrática Popular da Coreia é de fato uma democracia.
Um caso curioso: como alguém classificaria um sujeito como Anders Breivik? Autor de um massacre de 68 jovens em um acampamento trabalhista? Extrema-Esquerda? Um dos motivos de Breivik ter ódio de esquerdistas é justamente pelo fato da esquerda defender políticas como a flexibilidade no recebimento de estrangeiros por exemplo, tudo o que vai contra ao seu "conservadorismo cultural radical, ultranacionalismo, islamofobia, homofobia, misoginia e racismo" (wikipedia).
Vamos entrar na obra de Alan Moore: V de Vingança, onde claramente podemos observar um típico Estado de Extrema-Direita.
"A semelhança com o regime Fascista é inevitável devido ao fato do governo ter o controle sobre a mídia, a existência de uma polícia secreta, campos de concentração para minorias raciais e sexuais, muito perto do que pensou Hannah Arendt no seu livro "Origens do totalitarismo" de 1951." Wikipedia
Como alguém classificaria um personagem como Adam Sutler?
Extrema-Esquerda?
Ao contrário do que o autor da segunda imagem postada nesta publicação alega, o Estatismo não é uma doutrina política de esquerda, o Estatismo, o controle sobre a economia e a restrição à liberdades individuais, nada mais são que meios usados para se suprimir a liberdade e exercer assim um controle definitivo sobre um Estado e uma Nação. A diferença esta na finalidade pela qual é usado.
Com base em estudos feitos dos termos "Esquerda, Direita, Estatismo e Libertarianismo", podemos concluir que a melhor forma de classificação ideológica na atualidade é o Diagrama de Nolan, completo e que leva em consideração as diferenças ideológicas e não apenas a intervenção estatal na economia (que é e sempre será fruto do Estatismo).
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